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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Filme Dublado II

http://www.youtube.com/watch?v=J5_8lJOko0I

Filme Dublado





Gente assim eu juro que não quero ser chata. Mas hoje me programei para dormir pq se eu fosse para aula dormiria na sala. E já que faltei à aula, aproveitei a noite para ir ao cinema ver: A Mulher de Preto.
Para quem me conhece de perto, sabe que não é novidade eu só me mobilizar a ir ao cinema se for para ver filme de terror, suspense e filme que remete as histórias do Nazismo e toda aquela ruindade feita a nós negros e Judeus, entre outros ditos inferiores. Alguns filmes brasileiros também são muito bons. Nada e nunca comédia ou muito menos comédia romântica afff; o ultimo: A Filha do Mal. Ok , normal!
Então como disse ontem dormi muito tarde, hoje acordei muito cedo terminei me dando o direito de passar a tarde dormindo e à noite, A mulher de preto.
Não gosto do Tacaruna #Fato. Mas o filme esta passando apenas lá e no Recife, e no Recife só tinha seção iniciando as 20:30, horário que eu perdi claro, estava acordando ainda. Logo tive que ir ao Tacaruna, já esperando ponta pé na minha cadeira, povo conversando em pleno cinema, gente gritando, celular tocando e quem sabe, quem sabe como hoje é quarta um possível arrrastãozinho. Obrigada meu Deus, nada disse aconteceu e a sala estava praticamente vazia com pessoas educadas, nem todas precisei dar aquele conhecido e alto PSIUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU !!! Para um doido que estava chamando o painho dele, mas já vi dias piores e teve gente que inclusive viu tiros ao vivo e cores na sala de cinema mesmo. Entenderam pq não gosto do Tacaruna? Mesmo morando a 10 ou 15 min do Shopping sempre Plaza para cinema e sempre Recife para compras, nas raras vezes que as faço. Ok novamente. Sala vazia praticamente e eu lá SOZINHA pq Ril não pode ir. Começa O FILME, onde está a LEGENDAAAAAAAAAAAAAAAAAA???????????? Odeio filme sem legenda, logo ele é dublado, pelo amor de Deus é um absurdo o filme de cinema ser dublado, salvo os para crianças. Eu sei e não me precisa apedrejar. Existem as pessoas que não sabem ler e os deficientes visuais. Entendo que o mundo graças a Deus é feito para todos, inclusive para mim. Mas se um filme está naquele horário sozinho pq ele tem que ser legendado? Aí logo vem a pergunta e pq ele tem que ser dublado? Então já que o mundo não é só meu, nem o mundo é só das outras pessoas, dever-se-ia abrir duas salas para os mais diferentes públicos no mesmo horário. Como eu não esperava que às 22 horas houvesse algum filme dublado, nem me preocupei de verificar antes e dancei.
Vou falar bem minha opinião sobre o filme dublado, ressaltando MINHAS OPINIÃO. O filme: Perde todo o seu som original. Perde a emoção e entonação do ator em suas falas. Ele perde aquele sozinho real dos sapatos batendo no assoalho da casa assombrada no caso. O barulho das coisas se mexendo, rastejando, chegando, gemendo e chorando... Perde, perde e perde toda a originalidade do filme é tudo diferente e tudo falso. Aí vem a galera e diz: Ah Ana, mas a fala é a mesma. Entonação, emoção, pequenos sons NÃO SÃO REPRODUZIDDO COMO O ORIGINAL EM DUBLAGEM, nunca poderiam ser. Eu nesse momento se estivesse falando com vc, vc escutaria minha emoção, minha entonação, entenderia minha indignação, o que eu realmente queria dizer pq os sons, os sons não falados, os sons que não vem só da palavra em si, também falam por si só, A respiração fala. Agora eu vou falar do pessoal, que vejo aumentar a cada dia que se passa; aquele grupo enorme e que NÃO está participando nem os analfabetos, nem os deficientes visuais, aquele grupo enorme de brasileiros que só assistem a filme dublados.. Esse grupo e sinceramente quando eu vejo o caso como hj de apenas uma sela e agora pior, sabendo que todas as seções do Tacaruna para esse filme são dubladas, eu lembro dos brasileiros que na realidade querem filme dublados para não se dar ao trabalho de LER filme legendado, porque? Pura preguiça.... Poxa eu acho que leio pouco, MAS PELO AMOR DE DEUS PREGUIÇA DE LER UMA LEGENDA ????? É demais !!!! É a lei do menor esforços e nossos cinemas contribuem para isso. Volto a dizer, o cinema deveria reservas duas salas no mesmo horário ou haver nos diversos horários do dia seções dubladas e legendadas para agradar a todos, não vc ir ao cinema na expectativa de ver e escutar uma grande ou média ou pequena realização hollywoodiana com todos os seus efeitos visuais e de áudio e chega lá tem que agüentar um filme dublado.
Resultado: Esperar sexta chegar me debandar para o Recife e rever o filme, LEGENDADO. (ponto)!!!!
Ana Carvalho.  

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Te adoro Ana Carvalho



Eu tow no You Tube. Obrigada Higor, realmente me emocionou!!!!

Meu Deus que lindooooooooooooooooooooo kkkkkkkkkkkkkkkkkk !!!! Isso faz tempo de mais, foi aniver do meu filho de 05 anos kakakakakak depois agente saiu pra farrá. Esse bonito descobriu o meu primeiro fio de cabelo branco. ôhhhhhh Higor Barreto Barrettope tow me prendendo pra não chorar. Obrigada por me fazer lembrar de tanta coisa boa. E de nosso primeiro encontro. Amo-te... Obrigada.




quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Caio Fábio - Caminho da Graça

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sábado, 6 de novembro de 2010

OAB processa jovem por racismo no Twitter


Quarta-feira, 03 de novembro de 2010 - 11h14


Reprodução
OAB processa jovem por racismo no Twitter
Após resultado de eleições, estudante publicou mensagens racistas em redes sociais como Twitter e Facebook

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Não há o que comentar... E depois dizem que não existe fim de mundo!?!?


Filha é suspeita de tramar a morte dos pais emAlphaville, na Grande SP
Publicada em 04/11/2010 às 11h24m
Roberta, entre os pais assassinados há um mês - Reprodução/TV Globo
SÃO PAULO - A filha de um casal de empresários é apontada pela Polícia Civil de São Paulo como principal suspeita de tramar a morte dos pais. O genro também teria participação no crime. O empresário Wilson Tafner e a mulher dele, a advogada Tereza Cobra, foram assassinados a facadas no dia 2 de outubro deste ano, na véspera do primeiro turno das eleições, na casa onde moravam, em Alphaville, condomínio de luxo na Grande São Paulo.
De acordo com a polícia, o empresário foi atacado na cama, quando se preparava para dormir, com dez facadas. A mulher dele, que estava no quarto ao lado, assustou-se com os gritos e se levantou para ver o que acontecia. No corredor, a advogada levou 16 facadas.
A polícia já descartou a hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte. Como o crime aconteceu às vésperas do primeiro turno das eleições, período em que são permitidas apenas prisões em flagrante, Roberta Tafner e o marido não foram presos.
Peritos devem concluir nos próximos dias as análises de amostras de sangue, digitais que ficaram em uma faca e pegadas encontradas na casa onde as vítimas foram assassinadas. Também há vestígio de sangue entre a casa dos suspeitos e a residência do casal.
Roberta Tafner, se casou há um ano e trabalhava em um escritório de advocacia com a mãe, mas foi demitida, de acordo com a polícia, depois de um desvio de dinheiro. Desempregada, ela passou a pedir ao pai 30% das empresas dele.
Roberta foi morar com o marido na casa dos pais que mudaram para uma casa menor, ao lado da que deram para a filha. A suspeita é que a filha tenha planejado o assassinato dos pais junto com o marido para assumir as empresas da família e receber um seguro de vida de R$ 1 milhão.
Os advogados dos suspeitos foram procurados para comentar o caso, mas não deram retorno. A promotora e o delegado responsáveis pela investigação não quiseram gravar entrevista por causa do segredo de Justiça.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Justiça vai apurar ofensas contra nordestinos na internet

A OAB de Pernambuco entrou nesta quarta-feira com uma notícia-crime no Ministério Público Federal em São Paulo contra a estudante de direito Mayara Petruso, que chocou o Brasil com mensagens racistas postadas no Twitter logo após a eleição de Dilma Rousseff no domingo.
Vários usuários se manifestaram de forma ofensiva aos nordestinos, mas, segundo a asessoria de imprensa da OAB-PE, a ação será concentrada em Mayara "porque foi ela quem começou". Dentre vários posts ofensivos, Mayara escreveu: "'Nordestisto' não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado" (sic).
Caberá ao Ministério Público Federal investigar o caso, e decidir se Mayara é passível de punição. A garota será alvo de duas ações: uma por racismo e outra por "incitação pública ao ato delituoso". A primeira estipula pena de 2 a 5 anos de detenção, e a segunda, de 3 a 6 meses de reclusão ou multa. O crime de racismo é imprescritível e inafiançável.
O escritório de advocacia Peixoto e Cury Advogados, em São Paulo, onde Mayara era estagiária, divulgou nota nesta quarta-feira lamentando a postura da estudante. Ela já não trabalha mais no escritório. "Com muito pesar e indignação, (o Peixoto e Cury Advogados) lamenta a infeliz opinião pessoal emitida, em rede social, pela mesma, da qual apenas tomou conhecimento pela mídia e que veemente é contrário, deixando, assim, ao crivo das autoridades competentes as providências cabíveis", diz o escritório, em nota divulgada à imprensa.

SÍNDROME DE TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL


Também conhecida por TPM, é um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem na segunda metade do ciclo menstrual podendo ser tão severos que interfiram significativamente na vida da mulher.
SÍNDROME DE TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL
A TPM é uma desordemneuropsicoendócrina com sintomas que afetam a mulher na esfera biológica, psicológica e social.
A tendência hoje é acreditar que a função fisiológica do ovário seja o gatilho que dispara os sintomas da síndrome alterando a atividade da serotonina (neurotransmissor) em nível de sistema nervoso central.
O tratamento depende da severidade dos sintomas e incluem modificações alimentares, comportamentais e tratamentos medicamentosos.
Os sintomas mais comuns incluem:
Por ordem de freqüência: DESCONFORTO ABDOMINAL, MASTALGIA CEFALÉIA, FADIGA, IRRITABILIDADE, TENSÃO, HUMOR DEPRIMIDO, HUMOR LÁBIL, AUMENTO DO APETITE, ESQUECIMENTO E DIFICULDADE DE CONCENTRAÇÃO, ACNE, HIPERSENSIBILIDADE AOS ESTÍMULOS, RAIVA, CHORO FÁCIL, CALORÕES, PALPITAÇÕES e TONTURAS. 
 
Irritabilidade (nervosismo),
Ansiedade (alteração do humor com sentimentos de hostilidade e raiva),
Depressão (com sensação de desvalia, distúrbio do sono, dificuldade de concentração)
Cefaléia (dor de cabeça),
Mastalgia (dor ou aumento da sensibilidade das mamas),
Retenção de líquidos (inchaço ou dor nas pernas),
Cansaço,
Desejos por alguns alimentos como chocolates, doces e comidas salgadas.
Deve ser realizado um controle objetivo do ciclo menstrual (através de um diário) pelo período mínimo de dois ciclos. Devem ser excluídos outros transtornos como hiper ou hipotireoidismoperimenopausa, enxaqueca, fadiga crônica, síndrome do intestino irritável ou exacerbação pré-menstrual de doenças psiquátricas; depressão, que pode se intensificar nesse período (magnificação pré- menstrual).
História, exame físico cuidadoso, avaliação endócrina ginecológica quando o ciclo menstrual é irregular, perfil bioquímico, hemograma e TSH para excluir condições médicas que podem apresentar sintomas que simulem uma TPM. Importante fazer o diagnóstico diferencial com a condição psiquiátrica: distúbio disfórico pré-menstrual.
O tratamento medicamentoso inclui o manejo específico de cada sintoma e deve ser individualizado. A maioria dos tratamentos medicamentosos propostos não se mostraram mais eficazes do que tratamentos placebo (progesterona, espironolactona, óleo de prímula e vitaminas B6 e E, ingestão de cálcio e magnésio). Afluoxetina, foi a única droga que mostrou eficácia, entretanto foi aprovada pelo FDA apenas para PMDD (Forma mais severa de TPM, com prevalência dos sintomas de raiva, irritabilidade e tensão). Na Europa esta droga não é aprovada na Europa para uso nem mesmo em PMDD.
Medidas preventivas são igualmente importantes e incluem: 
 
orientação: explicar que a TPM não é grave e que os sintomas podem variar a cada ciclo,
modificações alimentares com diminuição da gordura, sal, açúcar e cafeína (café, chá, bebidas a base de colas),
fracionamento das refeições,
dieta com boas fontes de cálcio (leite e iogurte desnatado) e magnésio (espinafre), diminuição da ingestão de álcool,
parar de fumar,
fazer exercícios regulares (aeróbicos: 20 minutos 3 vezes por semana),
manejar o estresse.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
O que eu sinto naqueles dias antes do período menstrual são "coisas da minha cabeça"?
Os sintomas desagradáveis que surgem antes da menstruação podem ser considerados uma doença?
Existe tratamento para a Síndrome de Tensão Pré-Menstrual?
Qual o critério para determinar a gravidade da TPM?
Quando a TPM é caracterizada como desordemdisfórica pré-menstrual?
Quando é necessário acompanhamento psiquiátrico para TPM?
Fazer exercícios físicos e de relaxamento ajudam no tratamento da TPM?
Quais os alimentos mais indicados para estes dias?
Deve usar vitaminas ou suplementos alimentares para ajudar na melhora dos sintomas?
Devo suspender o uso de álcool e cigarros?

Um Caso Para Dar Esperança


Kauã depois de chegar em casa e ficar com a mãe e os amigosFoto:Teresa Maia/DP/D.A Press


 Primeiro Caderno | Dia-a-dia
Edição de sexta-feira, 29 de outubro de 2010 
Garoto é achado em JP
Menino de oito anos raptado em Recife há quase dois meses estava vivendo em ruas de Mandacaru



Um garoto de oito anos que havia desaparecido desde o dia 4 de setembro, se sua casa em Recife, Pernambuco, estava vivendo nas ruas do bairro Mandacaru, em João Pessoa, junto com o lavador de carros, Jailson Oliveira da Silva, 27 anos, acusado de envolvimento no rapto do garoto. Jailson foi preso ontem, no bairro de Mandacaru, pela polícia pernambucana. Na estação do metrô, em Recife, policiais prenderam o taxista João José de Andrade, 60 anos, apontado como o mentor do rapto do menino Lucas KauãMuniz da Silva. Os dois acusados foram encaminhados ontem para o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), em Recife, onde eles prestaram depoimento.

De acordo com as investigações, o taxista raptou o menino no dia 4 de setembro, o colocou no carro e o levou para a própria casa, no bairro do Forte. Cinco dias depois a criança foi levada para João Pessoa, onde teria sido forçada a trabalhar como catadora de lixo. Na quarta-feira, o lavador de carros entregou Lucas Kauã a um caminhoneiro, na cidade de Goiana, Mata Norte de Pernambuco. Passando-se por tio do menino, ele pediu para que o motorista o levasse para sua mãe, no Recife.

O caminhoneiro, que não teve sua identidade revelada, contou que o homem que o abordou com a criança sumiu logo em seguida. Ao se ver sozinho com o caminhoneiro, o menino negou que o homem era seu parente e informou o número do celular da mãe para que o motorista ligasse. A tia de Lucas, Josefa Maria, contou que a delegada encontrou o caminhoneiro em um terminal de passageiros, em Recife. (Com informações do pernambuco.com).

História

Lucas Kauã Muniz da Silva, de 8 anos, estava desaparecido desde o dia 4 de setembro. Com a promessa de ganhar uma bicicleta, o menino, que mora na comunidade do Coque, no bairro de Joana Bezerra, em Recife, entrou no carro de um desconhecido e desapareceu. Ele foi visto pela última vez na Estação de Metrô Joana Bezerra e, desde então, a família, junto com a Polícia Civil de Pernambuco, vinha numa busca incessante pelo garoto.

Na quarta foi só festa para Lucas. Ele foi recebido por mais de 300 pessoas que o esperavam no bairro onde mora, com direito a queima de fogos. Na volta do menino para casa, ele deu um giro pelo bairro nos ombros de um tio com toda a comunidade acompanhando e gritando seu nome. Ao chegar em casa, ganhou uma bicicleta, motivo pelo qual foi atraído para longe da família por exatos 53 dias.


Um terço da comida que você come contém agrotóxicos


 Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou nesta quarta-feira um relatório queaponta a alta presença de agrotóxicos nos alimentos consumidos no Brasil. Das 3.130 amostras de 20 alimentos (frutas, verduras, legumes e grãos) analisados durante o ano de 2009, 29% apresentaram algum tipo de irregularidade, como resíduos de agrotóxicos acima do permitido e ingredientes ativos não autorizados.
O pimentão foi o campeão das irregularidades - 80% das amostras analisadas mostraram algum problema. Uva (56,4%), pepino (54,8%) e morango (50,8%) vêm a seguir. Já as batatas você pode comer tranquilo: só 1,2% das amostras analisadas apresentaramirregularidades.
O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) da Anvisa monitorou 20 culturas em 26 estados. Das amostras coletadas em 2009, 26,9% foram rastreadas até o produtor ou associação de produtores, 5,2% até o embalador, 64,9% até o distribuidor, e apenas 3% não foram rastreadas.
A presença de resíduos de agrotóxicos acima dos permitidos foi detectada em 2,7% dos alimentos analisados. A Anvisa reconhece que agrotóxicos que apresentam alto risco para a saúde da população são utilizados no Brasil sem levar em consideração a existência ou não de autorização do governo.
Em 15 das vinte culturas analisadas foram encontrados ingredientes ativos em processo de reavaliação toxicológica junto àAnvisa, principalmente no pimentão e no pepino, contaminados com endossulfan. A Anvisa também encontrou acetado em cebolas e cenouras contaminados com acefato, e metamidofós em pimentões, tomates e alface. Essas três substâncias são proibidas em vários países por terem elevado grau de toxicidade aguda comprovada e causarem problemas neurológicos, reprodutivos, dedesregulação hormonal e até câncer.
Aos consumidores, a Anvisa orienta que se procure produtos com origem identificada. Escolher produtos "da época" também é fundamental, assim como processo de lavagem e retirada de cascas e folhas externas de verduras. O ideal seria a opção por alimentos orgânicos, que não utilizam produtos químicos para serem produzidos.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Chico Buarque fala sobre a ditadura

documentário ditadura chico

Abaixo Assinado - Abertura de Arquivos Ditadura - Fernanda Montenegro

Sônia Maria de Moraes Angel Jones

 

Militante da AÇÃO LIBERTADORA NACIONAL (ALN).

Nasceu em 9 de novembro de 1946, em Santiago do Boqueirão, Estado do Rio Grande do Sul, filha de João Luiz Moraes e Cléa Lopes de Moraes.

Foi morta aos 27 anos em 1973, em São Paulo.

Estudou no colégio de Aplicação da antiga Faculdade Nacional de Filosofia e, posteriormente, na Faculdade de Economia e Administração da UFRJ, mas não chegou a se formar, sendo desligada pelo Decreto nº477, de 24 de setembro de 1969.

No Rio, trabalhava como professora de Português no Curso Goiás.

Casou-se, em 18 de agosto de 1968, com Stuart Edgar Angel Jones, militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).

Em 1° de Maio de 1969, foi presa por ocasião das manifestações de rua na Praça Tiradentes/RJ com mais três estudantes, levada para o DOPS e, posteriormente, para o Presídio Feminino São Judas Tadeu. Somente foi libertada em 6 de agosto de 1969, quando foi julgada e absolvida por unanimidade pelo Superior Tribunal Militar. Passou a viver na clandestinidade.

Em maio de 1970 exilou-se na França, onde se matriculou na Universidade de Vincennes e, para se sustentar, trabalhou na Escola de Línguas Berlitz, em Paris, onde lecionava Português.

Com a prisão e desaparecimento de Stuart pelos órgãos brasileiros de repressão política, Sônia decidiu voltar ao Brasil para retomar a luta de resistência. Ingressou na ALN e viajou para o Chile, onde trabalhava como fotógrafa. Posteriormente, em maio de 1973, retornou clandestinamente ao Brasil, indo morar em São Paulo. Em 15 de novembro de 1973 alugou um apartamento em São Vicente, junto com Antônio Carlos Bicalho Lana, com quem se unira. Seu apartamento passou a ser vigiado, sendo presa, juntamente com Antônio Carlos, no mesmo mês, por agentes do DOI-CODI/SP, tendo o II Exército divulgado a notícia de que morrera, após combate, a caminho do hospital (O globo 1º de dezembro de 1973).

Foi assassinada sob torturas no dia 30 de novembro de 1973, juntamente com Antônio Carlos Bicalho Lana.

A autópsia assinada pelos legistas Harry Shibata e Antônio Valentine, apenas descreve as perfurações das balas, sem nada mencionar das torturas sofridas. Afirmam que o crânio sofreu corte característico da autópsia e que examinaram detidamente o corpo.

Durante quase vinte anos a família investigou os fatos relacionados à prisão, tortura e assassinato de Sônia e Antônio Carlos.

Como resultado dessas investigações, a família produziu o vídeo “Sônia Morta e Viva”, dirigido por Sérgio Waismann.

A prisão do casal, em São Vicente, foi detalhadamente planejada, como constatou sua família, durante as investigações junto aos empregados do prédio em que Sônia e Antônio Carlos moravam. Ela costumava, assim que se mudou, tomar banho de sol numa prainha ligada ao prédio e, desde então era observada de um prédio próximo por agentes policiais, através de uma luneta. Dias depois, os mesmos agentes comunicaram aos empregados do prédio que moravam ali dois terroristas muito perigosos e para justificar tal afirmativa “empregaram-se” como funcionários do prédio e passaram a observá-los mais de perto. Certa manhã, bem cedo, quando Antônio Carlos e Sônia pegaram o ônibus da Empresa Zefir, já havia dentro do ônibus alguns agentes, inclusive uma senhora vestida de vermelho. Ao mesmo tempo, nas imediações da agência do Canal 1, São Vicente, já se encontravam vários agentes à espera de que um deles, pelo menos, descesse para adquirir passagens, pois as mesmas não eram vendidas no ônibus. Até hoje, a família não pôde precisar o dia exato da prisão, possivelmente num sábado, depois do dia 15 de novembro, fato este testemunhado por Celso Pimenta, motorista do ônibus, e Ozéas de Oliveira, vendedor de bilhetes, ambos da Agência Zefir.

Existem duas versões a respeito da prisão, tortura e assassinato de Sônia e Antônio Carlos.

A versão do primo do pai de Sônia, coronel Canrobert Lopes da Costa, ex-comandante do DOI-CODI de Brasília, amigo pessoal do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, comandante do DOI-CODI de São Paulo: depois de presa, do DOI-CODI de São Paulo foi mandada para o DOI-CODI do Rio de Janeiro, onde foi torturada, estuprada com um cassetete e mandada de volta a São Paulo, já exangüe, onde recebeu dois tiros.

A versão do Sargento Marival Chaves, membro deo DOI-CODI/SP: Sônia e Antônio Carlos foram presos e levados para uma casa de tortura na Zona Sul de São Paulo onde ficaram de cinco a dez dias, até morrerem, dia 30 de novembro de 73 e foram colocados, no mesmo dia, à porta do DOI-CODI/SP, para servir de exemplo. Ao mesmo tempo, foi montado um “teatrinho” – termo usado pelo sargento – para justificar a versão oficial de que foram mortos em conseqüência de tiroteio, no mesmo dia 30 (metralharam com tiros de festim um casal e os colocaram imediatamente num carro).

Versão oficial publicada dia 1° de dezembro de 1973 em dois jornais: “O Globo” e “O Estado de São Paulo”: Morte de Sônia e Antônio Carlos, a caminho do Hospital, após tiroteio em confronto com os agentes de segurança, na Avenida de Pinedo, no Bairro de Santo Amaro, cidade de São Paulo, altura do n° 836, às 15 horas.

No arquivo do antigo DOPS/SP foi encontrado um documento da Polícia Civil de São Paulo-Divisão de Informações CPI/DOPS/SP que diz: “Consta arquivado nesta divisão uma cópia xerográfica do Laudo de Exame Necroscópico referente à epigrafada com data de 20 de novembro de 1973.” (Teve o laudo assinado antes de morrer?).

Apesar de haverem identificado Sônia Maria, os seus assassinos enterraram-na, como indigente, no Cemitério Dom Bosco, em Perús, sob o nome de Esmeralda Siqueira Aguiar. A troca proposital do nome de Sônia, demonstra a clara tentativa dos órgãos de repressão em esconder seu cadáver. A família de Sônia conseguiu obter através de processo de número 1483/79 na 1ª Vara Civil de São Paulo, a correção de identidade e retificação do Registro de Óbito.

Oficialmente morta, a família pôde transladar seus restos mortais para o Rio de Janeiro, em 1981.

Em 1982, na tentativa de apuração das reais circunstâncias da morte de Sônia, através de processo movido contra Harry Shibata, médico do IML/SP que atesta sua morte (inclusive assinando o atestado de óbito sob o nome falso e o laudo com nome verdadeiro), o IML/RJ constatou que os ossos entregues à família, enterrados no Rio de Janeiro, eram de um homem.

Para sepultar dignamente os restos mortais de Sônia, a família teve que fazer várias exumações, que chegaram a seis. A última exumação apresentava um crânio, sem o corte característico de autópsia e a família não aceitou os restos mortais, por desconfiar que seria mais um engano do Instituto Médico Legal de S. Paulo.

Em um de seus depoimentos à CPI realizada na Câmara Municipal de S. Paulo, Harry Shibata declarou que a descrição feita no laudo necroscópico de que houve corte de crânio, não corresponde à verdade, uma vez que essa descrição é apenas uma questão de praxe. Assim declarando, assumiu a farsa com que eram feitos os laudos.

Após serem identificados pela UNICAMP, seu restos mortais, finalmente, foram trasladados para o Rio de Janeiro no dia 11 de agosto de 1991.

De seu pai, o Tenente-Coronel da Reserva do Exército Brasileiro e professor de matemática, João Luiz de Morais:

“Sônia Maria Lopes de Moraes, minha filha, teve seu nome mudado após o seu casamento com Stuart Edgar Angel Jones, para Sônia Maria de Moraes Angel Jones. Ambos foram torturados e assassinados por agentes da repressão política, ele em 1971 e ela em 1973. Minha filha foi morta nas dependências do Exército Brasileiro, enquanto seu marido Stuart Edgar Angel Jones foi morto nas dependências da Aeronáutica do Brasil.Tenho conhecimento de que, nas dependências do DOI-CODI do I Exército, minha filha foi torturada durante 48 horas, culminando estas torturas com a introdução de um cassetete da Polícia do Exército em seus órgãos genitais, que provocou hemorragia interna.

Após estas torturas, minha filha foi conduzida para as dependências do DOI-CODI do II Exército, local em que novas torturas lhe foram aplicadas, inclusive com arrancamento de seus seios. Seu corpo ficou mutilado de tal forma, a ponto de um general em São Paulo ter ficado tão revoltado, tendo arrancado suas insígnias e as atirado sobre a mesa do Comandante do II Exército, tendo sido punido por esse ato. Procedi a várias investigações em São Paulo, visando a aferição desses fatos, inclusive tentando manter contato, porém sem êxito, com esse General, tendo tido notícia de que o mesmo sofrera derrame cerebral, estava passando mal e de que sua família se opunha a qualquer contato e a qualquer referência aos fatos relativos a Sônia Maria.

As informações sobre as torturas, o estupro, o arrancamento dos seios de Sônia Maria e os tiros, me foram prestadas pessoalmente pelo coronel Canrobert Lopes da Costa e pelo advogado Dr. José Luiz Sobral. Minha filha, em sua militância política, utilizava o nome de Esmeralda Siqueira Aguiar. Em 1° de dezembro de 1973, ao ler no Jornal “O Globo” vi uma notícia sobre Esmeralda Siqueira Aguiar. Viajei imediatamente em companhia de minha mulher Cléa, de minha cunhada Edy, de minha outra filha, Ângela, e de meu futuro genro, Sérgio, para a cidade de São Vicente, dirigindo-me diretamente para a Rua Saldanha da Gama, 163, apto. 301, local onde residia Sônia Maria. Ao chegar a esse local, à noite, encontrei-o ocupado por alguns homens, em torno de 5 (cinco) ao que me recordo, membros das Forças da Segurança. Ao me recusar entregar minha carteira de identidade, cheguei a ser agredido. Após ter sido agredido, ameaçado de ser atirado do 3°andar e de ser metralhado por esses homens, consegui comunicar-me com o superior-de-dia do II Exército, em São Paulo, quando então, após identificar-me como Tenente-Coronel, consegui deste uma determinação por telefone diretamente a um dos 5 membros das Forças da Segurança, que me libertassem, mediante o compromisso de dirigir-me para um hotel em São Paulo, onde fiquei juntamente com minha mulher à disposição do II Exército e no dia seguinte prestei depoimentos no DOI-CODI.

Durante esse depoimento, indaguei aos interrogadores a respeito do paradeiro do corpo de minha filha, sendo que um destes respondeu que o corpo só poderia ser visto com a autorização do Comandante do II Exército.

Na tarde desse mesmo dia, viajei para o Rio de Janeiro em companhia de minha mulher para conversar com meu amigo, General Décio Palmeiro Escobar, Chefe do Estado Maior do Exército, já falecido, o qual me deu uma carta para ser entregue ao General Humberto de Souza Mello, carta essa em que o General Décio pedia “ao ilustre companheiro e amigo” que me liberasse, assim como minha mulher, de São Paulo, pois necessitávamos permanecer no Rio, onde dirigíamos um Colégio, bem como fosse liberado o corpo de Sônia para um sepultamento cristão.

Regressando a São Paulo em companhia de minha mulher, no dia seguinte, dirigi-me ao Quartel do II Exército para entregar a mencionada carta, sendo certo que o General Humberto não quis receber-me, e a carta foi levada pelo então Coronel Hugo Flávio Lima da Rocha, que, ao voltar do gabinete do General, deu a seguinte resposta: “o General manda te dizer que, por causa desta carta, você está preso a partir deste momento” e, como seu velho companheiro de Realengo, faço questão de, pessoalmente, levá-lo para o Batalhão da Polícia do Exército. No Batalhão da Polícia do Exército, fiquei preso durante 4 (quatro) dias, vindo a ser liberado, sem maiores explicações mas com a recomendação de que “regressasse ao Rio, nada falasse, não pusesse advogado e aguardasse em casa o atestado de óbito de Sônia que seria remetido pelo II Exército e, quanto ao corpo, não poderia vê-lo pois havia sido sepultado”.

Somente decorridos muitos anos pude entender minha prisão, ou seja, naqueles dias Sônia Maria ainda estava viva e sendo torturada e, na medida em que era mantido preso, era possível evitar minha interferência, ao mesmo tempo que, com essa prisão, buscavam amedrontar toda a família.

Apesar do desespero, das ameaças e do conseqüente apavoramento, a família continuou insistindo em conhecer os detalhes sobre a morte de Sônia Maria e, nessa procura, o referido advogado, José Luiz Sobral, que se dizia amigo comum da família e do General Adir Fiúza de Castro, então Comandante do DOI-CODI do Rio de Janeiro, prontificou-se em obter esclarecimentos diretamente com esse General. O Dr. José Luiz Sobral, ao retornar das dependências do DOI-CODI do I Exército, claudicava um pouco, e insinuava ‘ter levado umas cassetadas’, trazendo-me um presente inusitado: um cassetete da Polícia do Exército, mandado pessoalmente pelo General Fiúza para a família, com a recomendação que não falasse mais sobre o assunto, pois ‘todos estavam falando demais’.

Na ocasião, a família guardou o cassetete sem lhe dar maior importância e só recentemente, há uns 2 (dois) anos, é que pude fazer a interligação dos acontecimentos, ou seja, conclui estarrecido que o verdadeiro significado desse presente é que o mesmo General Fiúza nos enviava, como advertência, o próprio instrumento que provocara a morte de Sônia Maria. Este cassetete se encontra em meu poder, podendo ser apresentado a qualquer tempo.

A partir da morte de Sônia, todo final de semestre, nas Declarações de Herdeiros que prestava ao Ministério do Exército, colocava Sônia Maria Lopes de Moraes como minha herdeira, assinalando sempre que ‘presumivelmente morta pelas Forças de Segurança do II Exército, deixo de apresentar a certidão de óbito porque não me foi fornecida ainda pelo II Exército, conforme prometido’. Essas declarações causavam mal-estar entre os militares, tendo sido aconselhado pelo chefe da pagadoria do Exército a requerer a certidão diretamente ao Comandante do II Exército. Apresentado o requerimento, em setembro de 1978, recebi uma correspondência onde o General Dilermando Gomes Monteiro, então Comandante do II Exército, afirmava que ‘não cabe ao II Exército fornecer o atestado solicitado. No Cartório de Registro Civil do 20° Sub Distrito - Jardim América/SP, foi registrado o óbito de Esmeralda Siqueira Aguiar, filha de Renato A. Aguiar e de Lucia Lima Aguiar. O requerente procure o Cartório em causa, se assim o desejar.’ O documento acrescentava, ainda, que ‘mandara retirar do Cartório referido, por pessoa indiscriminada, uma certidão de óbito registrada, que fora fornecida sem qualquer problema’. A referida correspondência, subscrita pelo Comandante do II Exército, foi o primeiro reconhecimento oficial da morte de Sônia Maria. Apesar de ter requerido o atestado de óbito em nome de Sônia Maria Lopes de Moraes, a resposta do Comandante do II Exército foi a entrega de uma certidão de óbito em nome de Esmeralda Siqueira Aguiar. Tempos depois da entrega desse atestado de óbito, tomei conhecimento de um outro documento, ‘Auto de Exibição e Apreensão’, datado de 30 de novembro de 1973, em cujo verso há uma nota do DOI-CODI do II Exército, onde, no final, consta um ‘em tempo: material encontrado em poder de Esmeralda Siqueira Aguiar, cujo nome verdadeiro é Sônia Maria Lopes de Moraes.

No Cemitério de Perus, consegui encontrar o registro de sepultamento de Esmeralda Siqueira Aguiar, na Quadra 7, Gleba 2, Terreno 486, com algumas rasuras, em datas principalmente. Nessa oportunidade, os ossos de Sônia não podiam ser exumados porque estava sepultado na parte de cima um outro cadáver. Tivemos que aguardar ainda 3 (três) anos para a pretendida exumação, ocorrida em 16 de maio de 1981. Nessa ocasião reclamei das divergências existentes entre o que constava do laudo assinado pelos legistas Harry Shibata e Antônio Valentine e a realidade da ossada retirada, pois, ao contrário do que constava nesse laudo, o crânio que seria o de Sônia não apresentava nenhum orifício de entrada ou saída de projétil de arma de fogo e estava inteiro. Apesar dessas discrepâncias, levamos os ossos para o Rio de Janeiro, sepultando-os no Cemitério Jardim da Saudade, mais precisamente no Lote 18874, Espaço B, Setor IV, e, durante um ano, todos os sábados, juntamente com minha mulher, ia ao Cemitério e levava flores em homenagem a minha filha.

Além da ação proposta na I Vara de Registros Públicos para retificação de identidade, intentamos outra na Auditoria Militar de São Paulo, pleiteando a abertura de IPM para averiguar as verdadeiras causas da morte de minha filha, bem como a falsidade da certidão e laudo assinados por Harry Shibata e Antonio Valentine. Esse processo, na Auditoria Militar, teve seu curso normal até que o Comandante da II Região Militar, General Alvir Souto se negou a cumprir determinação do Juiz para a abertura de IPM, alegando insuficiência de provas.

Nessa ocasião a Juíza Dra. Sheila de Albuquerque Bierrembach determinou a exumação dos restos mortais sepultados no Cemitério Jardim da Saudade, bem como o seu exame pelo IML do Rio de Janeiro, constatando esse Instituto que aquela ossada não pertencia a Sônia, mas sim a um homem, negro, de aproximadamente 33 anos de idade.

Diante do estranho resultado dessa última exumação, a mesma Juíza Sheila Bierrenbach determinou que se fizessem, no Cemitério de Perus, tantas exumações quantas fossem necessárias até serem encontrados os restos mortais de Sônia Maria. Nessa busca, participei juntamente com minha mulher, familiares e amigos ainda de mais 4 exumações nesse mesmo Cemitério de Perus. Terminada a última dessas exumações foi encontrada uma ossada, que poderia ser a de Sônia. Porém, o crânio encontrado também não estava seccionado e os orifícios de entrada e saída de projéteis não coincidiam inteiramente com o laudo. Não tínhamos então a ficha dentária de Sônia, que havia sido perdida por seu dentista no Rio de Janeiro, Dr. Lauro Sued. Não tínhamos elementos de convicção para aceitar aqueles restos mortais como sendo os de Sônia e, por isso, tentamos impugnar as conclusões do IML de São Paulo, apresentando 11 quesitos e 10 fotografias do crânio de Sônia quando esta tinha 11 anos de idade. A juíza, Dra. Sheila, finalmente, aceitou a conclusão do IML de São Paulo, no sentido de que aqueles eram, oficialmente, os restos mortais de Sônia Maria de Moraes Angel Jones.”